No dia 19 de Outubro de 1913 nasce um
dos maiores poetas, crítico de cinema, diplomata, o pai da Bossa Nova,
dramaturgo eventual, cidadão do mundo, Vinicius
de Morais. Vinicius fez história na
música, na poesia, com as mulheres... Quem nunca ouviu falar na “Garota de
Ipanema”? Na minha concepção um “hino”
brasileiro conhecido pelos gringos.
Definir Vinicius não é fácil. Antônio
Candido define a obra poética de Vinicius como uma “constelação fraternal de
gêneros”, que inclui a crônica de jornal , a conversa, a notícia, a confissão,
a indignação política, o discurso da amizade e a declaração de amor. Já Manuel
Bandeira disse que ele “tem o fôlego dos
românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem
refugar, como estes, as sutilezas barrocas) e, finalmente, homem bem do seu
tempo, a liberdade, a licença, o esplêndido cinismo dos modernos.” Enquanto
Otto Lara Rezende leva Vinicius a sério para falar do poeta que reabilitou o
soneto. “Metro e rima variam, porém,
segundo as exigências do tema, ou segundo os caprichos do poeta que é, no
soneto ou fora dele, uma malabarista que não recua diante do salto mortal”.
Poderia colocar aqui, meu caro leitor, infinitos elogios ao poeta Vinicius, mas
não irei.
O Poeta de Eros, segundo a
professora de literatura do ensino
médio, sensualismo, amor, separação, fidelidade. Mas o Poeta de Eros, não deixou de lado a
questão social, da época a qual vivia. A 2° Guerra Mundial. O poema “A Rosa de
Hiroshima” descreve perfeitamente.
“Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada”
Na música Vinicius teve parceiros
como: Tom Jobim, João Gilberto, Toquinho, Chico Buarque, entre outros clássicos
da Bossa Nova e da MPB.
"Olha
que coisa mais linda
Mais
cheia de graça
É ela
menina
Que
vem e que passa
Num
doce balanço
A
caminho do mar
Moça
do corpo dourado
Do sol
de lpanema
O seu
balançado é mais que um poema
É a
coisa mais linda que eu já vi passar
Ah,
por que estou tão sozinho?
Ah,
por que tudo é tão triste?
Ah, a
beleza que existe
A
beleza que não é só minha
Que
também passa sozinha
Ah, se
ela soubesse
Que
quando ela passa
O
mundo inteirinho se enche de graça
E fica
mais lindo
Por causa do amor"
Definição para Vinicius de Morais?
Difícil resposta, talvez a que me chame mais atenção. Dono uma genialidade na
poesia, prosa, na música ou em qualquer outra coisa que ele escreveu.
“O menino "valente e caprino", de
dez anos, leva uma vida normal: com "asas nos pés" corre, brinca,
mergulha "de anjo" sem fazer barulho, joga futebol, brinca com
bodoque. Na lista de seus tesouros, recolhidos nas areias e no chão, estão as
bugigangas que crianças transformam em jóias e, também, poucos e bons achados
poéticos: "No fundo do mar/Sabia encontrar/Estrelas, ouriços/E até
deixa-dissos". Na figura feminina, fosse ela ama ("nos jogos de
cama"), criada ("Varrendo as escadas"), prima ou
"artista/das cine-revistas", encontra a razão de sua escrita:
"Amava a mulher/Até não mais poder. /Por isso fazia/Seu grão de
poesia". Vivendo, simplesmente, o menino descobre seu caminho, vislumbra o
destino numa genial inflexão de Vinicius: "E achava bonita/A palavra escrita./Por
isso sofria./Da melancolia/De sonhar o poeta/Que um sabe um dia/Poderia
ser."” (Paulo Roberto Pires)
Abraços Equipe Can You Imagine
Texto por Grazi
Texto por Grazi
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Fonte de pesquisa: Vinicius de Morais (site)