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[Resenha] Laranja Mecânica, Anthony Burgess

29 de ago. de 2014


“Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto.”

Chegooooou mais uma sexta-feira e como toda sexta é dia de #LeitorDeBula, vamos falar do livro que eu li essa semana que é um clássico dentre os cults e foi adaptado para o cinema (como todo bom livro... ou não). Vamos falar de “Laranja Mecânica” de Anthony Burgess.

A história é contada pelo personagem principal, Alexander DeLarge ou Alex se preferir, sobre a sociedade inglesa futurista em que a violência se destaca e provoca ações dentro de um governo totalmente capitalista. Alex é o líder de uma gangue que junto dos seus droogies (George, Pete e Tosko) saem na noite londrina para praticar atividades como espancamento, assaltos e estupros como se fosse um meio de diversão.

Um dia até ir longe demais e involuntariamente cometer um assassinato, Alex é preso e após 2 anos vê que a sua única chance de sair mais cedo da prisão é participar de um programa desenvolvido por cientistas para erradicar as tendências criminosas e violentas do individuo. Só que ele não sabia é que essas práticas eram tão violentas quanto às coisas que ele fazia.

Pela história ser contada pelo próprio Alex o livro vem com a linguagem nadsat, que é a linguagem usada pelos jovens da época, então se você pode ler junto do glossário que vem no livro e ter uma melhor compreensão do livro. Ou se quiser experimentar uma sensação única e de estranhamento como os ingleses (pois não tem o glossário publicado nas edições britânicas), abra sua mente e entre no mundo proposto por Burgess.

O livro é dividido em 3 partes: primeiro nos é apresentado o cenário da vida de Alex, em segundo temos a sua estada na cadeia e a parte do tratamento e por último, mas não menos importante temos a parte em que ele deve conviver com os efeitos colaterais e consequências que o tratamento Ludovico trouxe para ele. Em Laranja Mecânica tratamento Ludovico nada mais é do que o condicionamento clássico, processo descrito por Ivan Pavlov em que apresenta repetitivamente um estímulo neutro junto de um estímulo repressor até que a associação entre os dois acabe o comportamento desejado (que no filme foi à violência e à prática sexual).

O que significa o título “Laranja Mecânica”? Ao pé da letra, o título original (Clockwork Orange), significa “Laranja com Mecanismo de Relógio”. O título alude, pois a um “mecanismo de relógio” - clockwork – algo que nos remonta a uma visão mecânica, artificial, robótica, programável. Orange – laranja, nos leva, particularmente, a ver semelhança, no inglês, com a palavra “orang – utan”, ou seja, um macaco (no caso alaranjado, mesmo), uma criatura, um animal. No final das contas, seria uma alusão ao procedimento behaviorista utilizado pelos cientistas do filme para reintegrar à sociedade o jovem Alex, considerado como um “animal” e, por isso mesmo, “domesticável”. (Trecho retirado do site Pedagogia ao Pé da Letra).

Bom por hoje é só e eu vou ficando por aqui, espero que tenham gostado da resenha de hoje e que procurem ler e ver Laranja Mecânica que é uma leitura quase que obrigatória quando se trata de comportamento humano e até semana que vem com mais um Leitor de Bula.

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2 comentários:

Luiza Jardim disse...

Oi!
Já vi o filme e estou doida para ler o livro!!! :)
ótima sua resenha!
Bjs, Lu
http://resenhasdalu.blogspot.com.br/

Unknown disse...

Oi,
Adorei a resenha!
http://bondeliterario.blogspot.com.br/

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