]
“Uma
terra. Muitos corações.
Assim
são as Ibyranas, terras distantes colonizadas pelo Reino de Calus, que, imerso
nos próprios problemas, as trata como uma posse e nada mais. Os ibyranos se
veem constantemente assolados por fugas de negros de seus engenhos e ataques de
tribos nativas às suas terras, tornando cada vez mais difícil a vida dos
donatários, que, isolados e esquecidos, procuram resolver suas questões por
conta própria. Porém, nem mesmo os senhores das capitanias, que defendem os
interesses de Calus na região, poderiam prever que, naquela terra, havia muito
mais do que política: os angás, antigas entidades que já habitavam as Ibyranas,
não têm mais paciência com os abusos dos homens.
Uma
única fazenda é atacada e um donatário é capturado. Também sua filha e suas
duas melhores amigas são levadas, e ninguém sabe ao certo quem foi o
responsável ou o porquê. Cabe agora a alguns poucos amigos resgatá-los – entre
esses, um casal de escravos que conhece a terra como ninguém, um capataz
misterioso, um menino imortal e até mesmo o próprio filho do Rei de Calus.
Enveredando-se pelas Ibyranas, descobrem a real natureza daquela terra, que, de
tão extensa, guarda mistérios inimagináveis.
Alguns
desses mistérios sorriem para eles e os chamam de amigos. Já outros têm seus
próprios interesses e não sorriem para ninguém.”
Fala galerinha, está no ar o primeiro #LeitorDeBula do ano. E vamos
começar com o livro “As Ibyranas” de Eduardo Prota.
Imagine uma terra em que a
sociedade ainda vive como nosso país na época da escravização, em As Ibyranas somos levados para dentro
dessa sociedade em que escravos, senzalas e capitães-do-mato são personagens na
história. História essa que o autor Eduardo
Prota recheou com política, fantasia e muita aventura.
Ao completar 15 anos Anna Gabriella ganha a sua festa de
debutante que conta com a presença de vários convidados de seu pai, Dom Afonso. Entre os convidados temos a
sua melhor amiga, Aurora Meneghal. Só
que para a surpresa de todos os presentes na festa, Rafael (filho do rei de Calus)
aparece de surpresa.
Quando sua festa termina, Anna toma conhecimento de que os
escravos de seu pai também prepararam uma festa para ela na senzala. Anna e Aurora não perdem tempo e correm para a sua outra festa e lá
conhecemos outros personagens que são importantes na história: Donana, Avelino e Helena que cresceu junto de Anna
e mesmo com suas diferenças não deixaram de ser grandes amigas.
Após algumas páginas a
fazenda de Dom Afonso é atacada por
entidades desconhecidas (podemos até coloca-las como folclóricas) e acarreta no
sequestro de Dom Afonso, Anna, Aurora
e Helena, que vão contar com a ajuda
de alguns amigos que vão em seu resgate. Assim com a história encaminhada o
autor nos prende do início ao fim do livro.
Este que está recheado de
intrigas políticas, já que Dom Afonso
armava uma conspiração para com o rei de Calus
e com o seu sequestro vemos Úrsula (irmã mais velha de Aurora) tomar a frente.
Porém não são apenas os humanos que estão em guerra, as criaturas mágicas
também estão armando seus planos contra aqueles que veem acabando com as suas
terras. O livro também conta com um
mix de diversas criaturas que não são aquelas que estamos acostumados a ver, e
sim criaturas do nosso folclore como saci, caipora, boitatá, etc.
E se você gosta de
personagens cativantes, folclore brasileiro, tramas políticas e tudo isso
amarrado com a história do Brasil nos tempos da escravidão, As Ibyranas são um prato cheio para
você. Não deixe de conferir.
Curta nossa nova página no Facebook,
Estamos no Orelha de Livro
Estamos no Orelha de Livro